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All reviews - TV Shows (19)

Battlestar Galactica review

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:46 (A review of Battlestar Galactica)

Crossroads Part 1 (autoria de Paulo Fiaes)
Em toda história existem três lado, o seu, o da(s) outra(s) pessoa(s) e a verdade. E como provar para uma sociedade que você é inocente quando todos te acham culpado? E como mostrar que é inocente quando todos “sabem” o que você fez, ou deixou de fazer? E como tomar uma decisão baseada em dois lados, um sendo egoísta, querendo salvar a sua pele, o outro sendo raivoso, querendo vingança por tudo de ruim que já aconteceu? O tribunal conseguirá tomar a decisão certa? Se nem eles sabem a verdade, como fazer o julgamento da pessoa mais odiada das colônias ser justo? E essa pessoa merece ter um julgamento justo? E este episódio é apenas o início do julgamento de Gaius Baltar.

Comandante Adama

Como alguém com tanta raiva pode decidir o futuro de uma pessoa? Ainda mais alguém que insiste em querer ter a razão. Ontem, conversando numa mesa de bar, minha irmã falou que você conhece bem uma pessoa pela forma como ele trata a sua família, e o que vimos até agora de Adama foi insistir em ter a palavra final sobre qualquer assunto. Seja pelo fato de seu filho não pensar da mesma maneira que ele, seja por querer culpar Baltar por todas as mortes que aconteceram, e seja até mesmo para descumprir uma ordem de uma superior por não aceitar a forma dela de lidar com a sua tripulação.

Este homem pode ser responsável diretamente pela vida ou morte de uma pessoa? Na maioria das vezes sim, pode não parecer, mas o comandante Adama é a pessoa mais desgastada com essa guerra, até porque ele já estava nela muito antes da maioria das pessoas a bordo, incluindo a época da guerra fria. E pode não parecer, mas ele é humano e por mais que tenha sido treinado para lidar com essas situações, a mente dele está cansada, e até mesmo o maior dos heróis erra, sente raiva, deseja vingança. E você, se fosse responsável pela vida de milhares de pessoas, como você reagiria se pudesse decidir o futuro de um homem que você acredita ser culpado por grande parte das misérias que você viu recentemente? E assim a raiva toma conta de Adama. E mais uma vez ele quer ser o dono da sua verdade e não abre os seus olhos para o outro lado, apenas porque ele quer que alguém pague por tudo de ruim que aconteceu em Nova Caprica, e porque ele está cansado disso, e porque está guerra precisa cada dia mais chegar ao seu fim.

Romo Lampkin

Lee disse para sua esposa:

É assim que o sistema funciona, Dee. O acusado tem direito de questionar a credibilidade dos acusadores, é assim.
E quem melhor que Lampkin para fazer esses questionamentos? Interpretado de uma forma magistral, Lampkin começa a sua defesa dizendo:

Meritíssimo, a defesa gostaria de trocar a nossa declaração para ‘culpado’ (…) está óbvio que meu cliente é culpado. Ele é um traidor, e um assassino. Ele não é melhor que um cylon e o que fazemos com eles? (…) É isso mesmo, vamos jogá-lo da escotilha também! Este homem nos vendeu para o inimigo. Este homem é o nosso inimigo, e se há algo de bom numa guerra, que é correto, justo e apropriado, é quando nós massacramos o nosso inimigo. É quando podemos dar o troco merecido. O que estamos esperando? Vamos matá-lo agora mesmo. Seria mais fácil não é mesmo? Mais simples. É só entregar aos enfurecidos. É isso que querem. Especialmente ela (presidente Roslyn) (…) não sei quanto a você, mas estou feliz que ela não era a presidente quando os cylons chegaram dizendo “entregue-se ou morra!” Eu devo minha vida a Gaius Baltar e a decisão que ele tomou naquele dia. Assim como Laura Roslin deve a vida dela.
Com essas palavras e com a sua interpretação, difícil não ficar ao menos balançado com o que ele disse. Este homem calcula cada movimento que faz, como já foi dito no episódio passado, ele manipulou todos em sua volta, e dessa vez não foi diferente com Lee:

O sistema manda que diga o que sabe. O que lhe deixa uma de duas opções poucos confortáveis. Primeiro compartilhe a informação e ao fazer assim, siga os princípios que clama admirar tanto, ou segundo, fique com ela. E prove para nós que o seu único propósito de estar aqui é de incomodar o seu pai e de tirar sarro de todo o sistema legal. (…) você precisa provar a si mesmo que está certo. Ou sairá daquele tribunal sabendo que manteve um segredo que poderia ter salvo a vida miserável deste homem. E eu não conheço você muito bem, mas acho que isto não seria algo que Lee Adama gostaria de ter na sua consciência.
A questão não é a manipulação que ele faz, e sim as verdades que ele diz.

Lee Adama

O que motiva este Adama a defender Baltar? Esta mais do que claro que pai e filho tem uma relação conturbada, mas será que Lee chegaria ao ponto de defender o inimigo número 1 para incomodar o pai? Duas coisas foram essenciais para ele “trair” sua amizade com a presidente Roslin: o discurso de Lampkin e as ofensas do comandante Adama.

Lee sempre tentou ser íntegro, e isto é uma virtude. A cada dia que passa, as pessoas têm desistido de serem “boas” justamente por pagarem um preço muito alto, o não reconhecimento. E apesar de não ficar evidente se foi isto que aconteceu, Lee no fundo provou que é apenas um ser humano, querendo fazer justiça da forma correta e, sem perceber, querendo ser digno para o seu pai.

Presidente Roslin

Sinceramente, sempre tive um pé atrás com Roslin. Sua postura sempre foi arrogante e, ao contrário de Adama, ela nem ao menos reconhece quando erra. Foi assim recentemente com o caso de Hera, irritando até o próprio comandante. E ela mais do que ninguém quer que Baltar seja condenado. A minha pergunta é: por quê? E ainda faço outra pergunta, será Roslin tão diferente de Baltar? Lembrem-se que essa mulher, por vontade própria e por achar que está certa já forjou a morte de uma criança, tentou manipular uma eleição e fez estas coisas sem se preocupar com as outras pessoas envolvidas.

Lógico que existe uma diferença enorme entre Baltar e Roslin, ele quer o melhor para ele. Ela quer o melhor para os sobreviventes, mas os dois agem de acordo com suas convicções. Então porque esse desejo incontrolável de querer culpar Baltar, a ponto de tentar fazer tudo para que o seu julgamento não seja justo? E lembrando da temporada passada, Baltar era o aliado ideal até quando ele resolveu concorrer com ela. Então, analisando friamente, será que esse desejo para que Baltar assuma a culpa por essa guerra com os cylons, não contém um pouco do desejo de se vingar daquele que se recusou a ser subordinado a ela? Tirem suas próprias conclusões.

Saul Tigh

Uma das coisas mais espetaculares sobre Battlestar Galactica é que a série retrata de forma soberba todas as partes envolvidas em uma guerra, e isto poderia ser associado a qualquer guerra já existente no mundo. E a série vai mais longe, nos mostra os efeitos que uma guerra causa em uma pessoa, em uma família, e até na sociedade.

Tigh também sente os efeitos dessa guerra, foi traído, matou seu grande amor e perdeu a razão. O que o mantém vivo é a sua amizade com Adama e o desejo de que todos os inimigos paguem pelas barbaridades que cometerem. Como posso julgar esse homem? Mas como esse homem pode julgar alguém? Finalmente, quem tem culpa por essa guerra está acontecendo? Dessa vez, os motivos não são aparentes, não temos uma nação inventando desculpas para arrasar um país e ficar com as riquezas deles. Não sabemos até hoje o motivo dos cylons terem atacado os humanos, mas sabemos que os humanos se pudessem teria feito o mesmo. E por quê? Vocês conseguem realmente definir um culpado?

Paulo Fiaes

Eu escrevi a maior parte dessa review imaginando Gaius como inocente, mas na metade do texto me dei conta que é fácil vê-lo como inocente, eu sei coisas que nenhum personagem da série sabe, talvez nem o próprio Baltar. Então resolvi me colocar naquela tripulação e imaginei os dias em Nova Caprica, perdendo famílias, amigos, sendo torturado. Evidente que eu iria culpar alguém. Somos assim, culpamos os presidentes pela situação que se encontra, culpamos nossos pais por sabermos que podemos culpar eles, porque eles provavelmente nos perdoarão. Culpamos muitas coisas para tirarmos o peso dos nossos ombros. E eu não sei se ser assim é certo ou errado, mas provavelmente também iria querer Baltar preso. O pior é que as coisas continuariam iguais, a “justiça” seria feita mas a guerra continuaria, e outros culpados iriam aparecer e eu continuaria triste pelas perdas da guerra.

É impossível não traçar um paralelo com o julgamento de Saddam. Para muitas pessoas, Gaius ajudou os cylons no genocídio, mais de cinco mil pessoas morreram. É o desejo do povo matar Baltar. Mas matar Gaius, ou Saddam resolve os problemas do mundo? Com certeza, eles devem pagar pelos seus crimes, mas matá-los só iria mascarar a dor. Saddam morreu, a guerra continua e pessoas inocentes, dos dois lados, ainda morrem. E o que deveria terminar com os problemas, acaba agravando-os cada vez mais. E o mundo entra em um ciclo de guerras até ser completamente destruído. Esse é o preço que pagamos por querermos fazer justiça sem sermos justos.

Perguntas sem resposta
• Por que as pessoas têm procurado Baltar para ajudá-lo?
• Que música era aquela que tocava, e que Apenas Anders e Tigh escutaram?
• Roslin sonhou com as cylons residentes na galactica e depois disse que a cylon Six iria ajudá-los a despistar os outros Cylons, por que Six se importa tanto com Hera agora, e o que este sonho de Roslin significa?
• Se os Cylons pudessem esse tempo todo rastrear os humanos, porque não fizeram um ataque surpresa antes, dizimando todos? Afinal, qual é o plano deles?



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Battlestar Galactica review

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:45 (A review of Battlestar Galactica)

The Son Also Rises (autoria de Paulo Fiaes)
Existe alguma coisa pior do que a morte? Talvez sim. Os dias seguintes, por exemplo. Aprender a conviver sem aquela pessoa talvez seja pior do que vê-la morrer. O mais irritante disso é que o tempo, as pessoas ao seu redor, enfim, todas as atividades não param. A vida simplesmente continua, como se não tivesse ocorrido nenhuma morte, como se as coisas estivessem iguais ao que eram antes, mas parece que apenas nós sabemos que elas não são.

Essa foi a dificuldade que Lee Adama passou. Ele pensava que estava lidando bem com aquela situação, mas o fato dele não conseguir colocar a foto de Starbuck na parede mostra o quanto está sendo difícil para ele aceitar. Como Lampkin disse, Lee já teve muitas perdas, na verdade todos na tripulação tiveram, mas falando especialmente de Lee, ele viu cada pessoa que ele ama morrer. Sua mãe, seu irmão, Kara, todas as pessoas que tinham importância na vida dele se foram. Ele procura entender o porque disso, onde está a justiça? Nessas horas procuramos entender a vida, o sentido dela, o porque das coisas acontecerem sem explicação. Pessoas como Kara morrem, pessoas como Baltar ajudam os inimigos. Todas essas coisas não fazem sentido, mas é necessário encontrar algum caminho para seguir em frente. Ou então ceder, como Lampkin disse mais uma vez e passar meses na cama chorando pela perda de um amor. Qualquer um dos caminhos que escolhamos, não será fácil. A vida não é fácil de ser entendida. Porém o quanto antes percebamos que tudo que perdemos de valor fez nos sentirmos vivos, então devemos procurar por isso novamente, mais do que nunca devemos olhar para dentro e fazer o certo, o que acreditamos que deve ser feito e o que pode nos trazer algumas respostas que tanto procuramos.

E alem de toda essa situação, Lee tem uma relação conturbada com seu pai. É evidente que pai e filho se respeitam, mas um não pensa igual ao outro. Adama é um militar, sua vida foi servindo a sua nação e ele já esteve muito tempo em guerra, e ele sabe que numa guerra, devemos nos recuperar o mais rápido possível das perdas que acontecem. Porém, cada pessoa tem o seu ponto de vista, e isso não quer dizer que uma esteja errada e a outra certa. Na verdade, o certo e o errado mudam de pessoa pra pessoa. O avô de Lee achava certo defender os criminosos, pois assim, segundo Lampkin, ele entendia mais sobre a natureza humana, assim ele tinha algumas respostas sobre a vida. O comandante Adama sempre tentou fazer com que Lee pensasse da forma dele, e assim ele afasta o filho dele. Nós ainda não sabemos o porque de Lee querer defender Baltar, mas sabemos que ele está cansado de seu pai tentar direcionar a sua vida. Ele quer cometer seus erros e seus acertos. Cada pessoa age de uma forma em uma determinada situação, e Lee encontrou a forma dele de seguir em frente.

E o advogado de Baltar, Lampkin, manipulou todos ao seu redor. O próprio Gaius, a cylon, a presidente, o comandante Adama, e principalmente Lee. A pergunta que fica é porque ele quis tanto Lee ao seu lado, tendo em vista, que nem advogado Lee é. Será que realmente o fato de sair da sombra do pai vai ser decisivo para o julgamento? A propósito, o que as diferenças entre Lee e o comandante tem a ver com o julgamento, como isto pode ser útil? Ainda é cedo para falar de Lampkin, apenas que ele é imprevisível e que, pelo visto, todo passo dele é calculado. Vamos ver até onde ele conseguirá manipular as pessoas, e até onde isso será bom para o julgamento.

E como já era previsto, o julgamento de Baltar vai mexer com todos. Kelly não achava justo ele ter um julgamento - se é culpado, então matem-no. Simples assim. Porém, por pior que seja a pessoa, ela merece uma chance de se defender. E até aqui, o que eu sei de Baltar, é que ele sempre foi e sempre será uma pessoa egoísta. Ao ponto de escrever um livro apenas para ter pessoas ao seu lado, ou pedir para seu advogado manipular uma testemunha, para que ele não seja condenado. Mas ser egoísta é motivo para ser executado?

No próximo episódio começa o julgamento, quando esse dia chegar irei abordar mais sobre o crime de Baltar. E só para adiantar o que irei escrever, se eu pudesse decidir entre inocentar ou culpar Gaius, eu o inocentaria. Tendo em vista que ele está sendo julgado por ajudar os cylons na ocupação de Nova Caprica, mas o que ele poderia fazer? Ficar bebendo e usando drogas foi errado, eu sei. Mas ele não tinha muitas escolhas, era ficar parado ou morrer. A pergunta que fica é, vai mudar alguma coisa com a condenação de Gaius Baltar? Queria saber de vocês, inocente ou culpado? Qual o veredicto?



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Battlestar Galactica review

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:44 (A review of Battlestar Galactica)

MAelstrom (autoria de Paulo Fiaes)
Kara “Starbuck” Thrace está morta.

Não havia outra maneira de começar escrevendo essa review. Um grande sentimento de perda com uma enorme interrogação passa pela minha cabeça constantemente. O que foi que aconteceu?

Tenho noção que, no papel, o comandante Adama e a presidente Roslin são os principais astros da série mas, na prática, era de Kara e Lee as melhores histórias. O bom de Battlestar Galactica é que qualquer personagem que saia da série fará falta, foi assim com Billy, Kat e com outros personagens. Mas têm aqueles que de certa forma temos certeza que ficarão até o fim, cylons ou não. Kara era uma dessas personagens, era impossível imaginar que um dia ela sairia, mas tudo indica que este dia chegou.

Então resta entender a morte dela. Para algumas pessoas, o episódio foi fraco neste sentido, esperavam vê-la morrendo em combate, salvando a vida de Lee ou da tripulação, mas ela morreu da maneira mais honrosa que poderia ser, superando seus medos. Todas as pessoas procuram respostas em algum momento de suas vidas. Seja se tornando adepto de alguma religião, consultando os astros ou fazendo terapia. Todos têm essa vontade de descobrir porque somos da maneira que somos. Aliado a isso, tem a voz do nosso coração dizendo pra fazer determinadas coisas. Muitas vezes não sabemos porque queremos fazer isto, mas o nosso coração bate mais forte sempre que entramos no caminho certo. É nessas horas que começo a entender a fé de uma pessoa. Mesmo quando não sabemos o porque de fazermos o que fazemos, temos noção que estamos certos em relação ao nosso destino.

Kara tinha tudo isso, ela foi levada a crer desde criança que o destino dela era especial, que ela era diferente de outras crianças. A vidente disse a Kara para não confundir o mensageiro com a mensagem. E isso era tudo que ela queria descobrir. Que mensagem é essa? Porque ela fez aquele desenho? É até irônico que a mais valente de todos, no final, era a que tinha mais medo. Mas nada como o tempo, um dia que poderia ser igual a qualquer outro, iremos olhar para dentro e finalmente tomar a coragem para dar o passo seguinte. Por isso Kara morreu de forma honrosa (se é que ela morreu de fato), ela finalmente deu o passo seguinte. Foi atrás do seu destino.

Há muitas hipóteses envolvidas nisso, pessoas e mais pessoas nos trazem inúmeras possibilidades, desde a mitologia grega até a Bíblia. Todos estão tentando entender a morte de Starbuck. Aquela Luz branca é a mesma Luz que D’ana viu quando descobriu os cinco cylons? O que essa luz significa? Temos que levar em conta o fato de Kara poder ser uma cylon ou que, de uma maneira difícil de ser explicada, ela está viva e conseguiu passar pela nebulosa. Não acredito que a morte dela seja esquecida, ainda teremos muitos assuntos relacionados a isso. Mas se a série quiser trazê-la de volta, corre um grande risco de fazer besteira, caso não saiba como fazer.

Este episódio foi praticamente inteiro de Starbuck, mas existem algumas coisas que podemos destacar. Primeiro a relação Lee e Kara. Este sentimento sempre foi mais do que carnal. Quando todos achavam que Kara estava enlouquecendo, Lee foi o único a confiar nela. Talvez ele se culpe agora pelo o que aconteceu, mas se não fosse hoje seria outro dia. Ele sabia que se Kara desistisse de voar, ela se entregaria ao medo. E tudo que ele queria é que ela superasse o medo, confiasse nele, ou melhor, voltasse a confiar nela própria. Lee não sabe, mas ele conseguiu o que queria quando fez com que Kara voltasse a voar.

Outra coisa que deve ser destacada é quando Helo fala que Hera está tendo pesadelos. Vale destacar que foi a mesma coisa que estava acontecendo com Kara, isso pode ser algum sinal?? Porque a mãe de Kara insistia que ela era especial? Lógico que todos os pais querem que seus filhos sejam os melhores, mas em se tratando de Battlestar Galactica alguma coisa a mais pode ter acontecido na primeira guerra entre humanos e cylons. Lembre-se que a mãe de Kara esteve nessa guerra. E ela sempre acreditou que a sua filha tinha um destino. O problema que ela nunca deixou claro que destino era esse. Kara morreu enfrentando ela mesma, talvez não fosse isso que a mãe dela imaginava. Mas esse é o único destino certo para todos nós, a morte. A não ser que Kara seja um cylon, ou filha de um cylon. Como disse acima, a morte de Starbuck não foi em vão e há muitas coisas que ainda precisam ser ditas.

Por fim, o choro de Adama, Kara sempre foi a filha que ele não teve. Até porque os dois filhos dele eram apaixonados por ela. Acredito que fosse realmente difícil a Adama imaginar a morte dela, que já passou por inúmeras situações com os cylons e sempre sobreviveu. O psicológico dela também já esteve abalado outras vezes, mas ela sempre dava a volta por cima. E agora morreu por nada? Isso nos faz ver que a vida sempre foi e sempre será imprevisível. Até os mais bravos dos guerreiros podem tombar sozinhos, sem razão alguma. Apenas porque já cumpriram o seu destino, ou então para que suas mortes sirvam para mudar o destino de todos. E seja qual for o motivo da morte de Starbuck, isso com certeza irá abalar a todos. Resta saber se será de uma forma positiva ou negativa. E até quando eles agüentarão estas perdas de guerra?



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Battlestar Galactica review

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:44 (A review of Battlestar Galactica)

MAelstrom (autoria de Paulo Fiaes)
Kara “Starbuck” Thrace está morta.

Não havia outra maneira de começar escrevendo essa review. Um grande sentimento de perda com uma enorme interrogação passa pela minha cabeça constantemente. O que foi que aconteceu?

Tenho noção que, no papel, o comandante Adama e a presidente Roslin são os principais astros da série mas, na prática, era de Kara e Lee as melhores histórias. O bom de Battlestar Galactica é que qualquer personagem que saia da série fará falta, foi assim com Billy, Kat e com outros personagens. Mas têm aqueles que de certa forma temos certeza que ficarão até o fim, cylons ou não. Kara era uma dessas personagens, era impossível imaginar que um dia ela sairia, mas tudo indica que este dia chegou.

Então resta entender a morte dela. Para algumas pessoas, o episódio foi fraco neste sentido, esperavam vê-la morrendo em combate, salvando a vida de Lee ou da tripulação, mas ela morreu da maneira mais honrosa que poderia ser, superando seus medos. Todas as pessoas procuram respostas em algum momento de suas vidas. Seja se tornando adepto de alguma religião, consultando os astros ou fazendo terapia. Todos têm essa vontade de descobrir porque somos da maneira que somos. Aliado a isso, tem a voz do nosso coração dizendo pra fazer determinadas coisas. Muitas vezes não sabemos porque queremos fazer isto, mas o nosso coração bate mais forte sempre que entramos no caminho certo. É nessas horas que começo a entender a fé de uma pessoa. Mesmo quando não sabemos o porque de fazermos o que fazemos, temos noção que estamos certos em relação ao nosso destino.

Kara tinha tudo isso, ela foi levada a crer desde criança que o destino dela era especial, que ela era diferente de outras crianças. A vidente disse a Kara para não confundir o mensageiro com a mensagem. E isso era tudo que ela queria descobrir. Que mensagem é essa? Porque ela fez aquele desenho? É até irônico que a mais valente de todos, no final, era a que tinha mais medo. Mas nada como o tempo, um dia que poderia ser igual a qualquer outro, iremos olhar para dentro e finalmente tomar a coragem para dar o passo seguinte. Por isso Kara morreu de forma honrosa (se é que ela morreu de fato), ela finalmente deu o passo seguinte. Foi atrás do seu destino.

Há muitas hipóteses envolvidas nisso, pessoas e mais pessoas nos trazem inúmeras possibilidades, desde a mitologia grega até a Bíblia. Todos estão tentando entender a morte de Starbuck. Aquela Luz branca é a mesma Luz que D’ana viu quando descobriu os cinco cylons? O que essa luz significa? Temos que levar em conta o fato de Kara poder ser uma cylon ou que, de uma maneira difícil de ser explicada, ela está viva e conseguiu passar pela nebulosa. Não acredito que a morte dela seja esquecida, ainda teremos muitos assuntos relacionados a isso. Mas se a série quiser trazê-la de volta, corre um grande risco de fazer besteira, caso não saiba como fazer.

Este episódio foi praticamente inteiro de Starbuck, mas existem algumas coisas que podemos destacar. Primeiro a relação Lee e Kara. Este sentimento sempre foi mais do que carnal. Quando todos achavam que Kara estava enlouquecendo, Lee foi o único a confiar nela. Talvez ele se culpe agora pelo o que aconteceu, mas se não fosse hoje seria outro dia. Ele sabia que se Kara desistisse de voar, ela se entregaria ao medo. E tudo que ele queria é que ela superasse o medo, confiasse nele, ou melhor, voltasse a confiar nela própria. Lee não sabe, mas ele conseguiu o que queria quando fez com que Kara voltasse a voar.

Outra coisa que deve ser destacada é quando Helo fala que Hera está tendo pesadelos. Vale destacar que foi a mesma coisa que estava acontecendo com Kara, isso pode ser algum sinal?? Porque a mãe de Kara insistia que ela era especial? Lógico que todos os pais querem que seus filhos sejam os melhores, mas em se tratando de Battlestar Galactica alguma coisa a mais pode ter acontecido na primeira guerra entre humanos e cylons. Lembre-se que a mãe de Kara esteve nessa guerra. E ela sempre acreditou que a sua filha tinha um destino. O problema que ela nunca deixou claro que destino era esse. Kara morreu enfrentando ela mesma, talvez não fosse isso que a mãe dela imaginava. Mas esse é o único destino certo para todos nós, a morte. A não ser que Kara seja um cylon, ou filha de um cylon. Como disse acima, a morte de Starbuck não foi em vão e há muitas coisas que ainda precisam ser ditas.

Por fim, o choro de Adama, Kara sempre foi a filha que ele não teve. Até porque os dois filhos dele eram apaixonados por ela. Acredito que fosse realmente difícil a Adama imaginar a morte dela, que já passou por inúmeras situações com os cylons e sempre sobreviveu. O psicológico dela também já esteve abalado outras vezes, mas ela sempre dava a volta por cima. E agora morreu por nada? Isso nos faz ver que a vida sempre foi e sempre será imprevisível. Até os mais bravos dos guerreiros podem tombar sozinhos, sem razão alguma. Apenas porque já cumpriram o seu destino, ou então para que suas mortes sirvam para mudar o destino de todos. E seja qual for o motivo da morte de Starbuck, isso com certeza irá abalar a todos. Resta saber se será de uma forma positiva ou negativa. E até quando eles agüentarão estas perdas de guerra?



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Dirty Hands

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:42 (A review of Battlestar Galactica)

Dirty Hands
Graças aos Deuses mais um final de semana, faltando apenas quatro episódios para acabar a temporada, temos mais um episódio voltado aos problemas de relacionamento entre os humanos.
Não há muitas cenas isoladas para destacar deste episódio, a importância aqui foi o episódio como um todo, muitos odiaram esse episódio e o acham um ‘desperdício’, já pra mim desperdício é um episódio maravilhoso como esse não ter sido assistido e apreciado por um número maior de pessoas.
O episódio trata dos problemas sociais da estagnação das relações de trabalho, tal qual na vida real, na frota quem é trabalhador de serviços básicos dificilmente consegue progredir idem seus familiares, já quem é de uma posição privilegiada acaba vendo os seus filhos ‘herdarem’ as posições privilegiadas, criando um mecanismo cruel de hierarquia e estagnação.
Tudo isso explode com o livro de Baltar contrabandeado de sua cela pelo seu advogado para a frota, a nave de refino de combustível, que trabalhava em condições desumanas, como destacou Xeno Fenner líder da nave:
“Pessoas que trabalharam 18 horas por dia durante os últimos 6 meses”.
Assim esses trabalhadores causam um problema no refino do combustível, o que resulta em um acidente com uma das naves, que se choca com a Colonial One, obviamente neste momento eles passam a ser ouvidos. Mas devido à citação da obra de Baltar perante Roslin, Fenner acaba preso.
Neste momento é levantada a outra questão relevante do episódio, até que ponto os direitos civis podem sobrepujar as necessidades da frota, até que ponto as reivindicações de Fenner devem ser ouvidas sem um prejuízo da frota como um todo, afinal se faltar combustível a frota se tornará uma presa fácil para os cylons.
Assim com a prisão de Fenner, Adama convoca Tyrol para ir à nave de refino de combustível e resolver os problemas ali existentes, Chief Tyrol aceita, afinal já havia trabalhado com Fenner no sindicato em Nova Caprica.
Importante destacar também o livro de Baltar, “Meus Triunfos, Meus Erros”, no qual ele alerta para as relações de trabalho, os cargos ‘herdados’ e outros problemas já apontados, mas os propósitos dele obviamente não são os mais nobres, Baltar não queria auxiliar essas pessoas, abrir os seus olhos para o problema, Baltar queria uma guerra civil desviando o foco das acusações que pesam sobre ele para um outro problema, parece que conseguiu.
Com a chegada de Galen Tyrol os trabalhadores do refino de combustível somem com uma peça imprescindível para a realização do trabalho, eles usam Tyrol como porta voz para falar dos seus problemas com Adama e Roslin, mas nenhum dos dois parece disposto a ouvir. Roslin manda prender o líder do protesto, Cabbot.
Galen fica com a consciência pesada, e resolve visitar Cabbot e Fenner na detenção, Cabbot está psicótico, ele passou um período na mão dos cylons em Nova Caprica e reviver a experiência de detenção não está fazendo bem a ele, ao invés de se solidarizar Tyrol usa disso para convencer Xeno a lhe dizer a localização das peças escondidas, Xeno acaba por contar, e Tyrol manda que libertem os dois.
Então Tyrol retorna a nave para ligar as máquinas e resolver tudo, porém ele se da conta da quantidade de crianças trabalhando abordo da nave, ele resolve então levantar a questão com Roslin, porém mais uma vez a presidente não escuta, ela diz que não é o sistema ideal, mas que é a única forma de se sobreviver, e que essas crianças estão aprendendo o trabalho de seus pais, e dando continuidade ao trabalho.
Aqui então Galen levanta a questão da perversidade do sistema, essas crianças sempre trabalharam como mecânicos, porque seus pais eram mecânicos e ser mecânicos será a única coisa que eles terão aprendido e saberão fazer, Roslin então se da conta do problema, e resolve procurar entre as outras pessoas da frota pessoas aptas a fazer o trabalho de refino e fazer um sorteio entre elas para assumir a função.
Quero destacar aqui a importância do tema, pois vemos diariamente este problema nas nossas vidas, o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre, as chances de alguém quebrar essas barreiras vindo debaixo são cada vez menores, tanto que quando acontece acaba por se tornar tema de filme, talvez para mostrar a todos ‘olha é possível’ e dar munição a quem diz ‘só é pobre quem quer’ e ‘pobre é preguiçoso’ e etc., mas sabemos que todos os que quebraram essas barreiras são exceções e que aliado ao esforço, inerente a grande maioria da população carente, eles tiveram sorte e principalmente oportunidade. Claro que nem tudo é preto e branco, mas as populações mais carentes em sua maioria passam por esses problemas.
Voltando ao episódio acontecem problemas com os sorteios propostos por Roslin, ao chamar um jovem que está taxado como fazendeiro, quando de fato só exerceu essa função durante uma semana antes do ataque dos cylons, e agora por resto da vida ele será fazendeiro, e terá que trabalhar no refino sem sequer ter conhecimento da maquinaria. Neste momento Chief acaba por encontrar o livro de Baltar e o lê.
Então Tyrol resolve confrontar Baltar sobre as questões do livro, aqui quero destacar a atuação do James Callis, que durante toda a série é digna de destaque, mas em alguns episódios como este ele se supera como quando ele faz o sotaque dos nascidos em Aerolon. Tyrol diz que as questões levantadas no livro não existem na frota, Baltar se irrita, obviamente se elas não existissem Tyrol não estaria ali para conversar com Baltar. E mais uma vez nos vemos diante da questão direito civis versus necessidades da frota e da estagnação da hierarquia, como diz Baltar:
“Você honestamente acredita que a frota será comandada um dia por alguém cujo sobrenome não seja Adama”.
Qualquer semelhança com ‘Bush pai e Bush filho’ não é mera coincidência.
Abro um parêntese para destacar que a meu ver o discurso revolucionário de Baltar é radical ao extremo, porém ressalvada algumas situações, como ele tentar criar uma confusão na frota, as alegações dele e os problemas levantados são pertinentes.
Mas toda mudança só ocorre devido a algum acontecimento, e eis que ocorre, Tyrol visita a nave aonde finalmente tudo se encontra em ordem com os novos trabalhadores, mas um problema no maquinário faz com que Chief tenha que tentar consertá-lo, porém ele não consegue, e aparece Danny, o ‘fazendeiro’ que havia sido enviado para nave por Tyrol, o jovem rapaz acaba arrumando o problema, porém sofre um dano severo a seu braço, diante disso a mudança se opera e Tyrol declara greve:
“Esta fábrica está desligada. Nós estamos em greve”.
Destaco que os militares não têm direito a greve, ir contra uma ordem de um superior pode acarretar pena de morte, porém salvo Tyrol e os mecânicos os outros envolvidos são civis com direito garantido de greve, mas será que nas condições que eles se encontram nos confins do universo essa garantia de greve deve valer?
Tyrol é preso, ele exige uma conversa com Roslin, Adama encara a greve como um motim, o que acarreta em pena de morte, Adama joga duro e manda que executem Cally como amotinada. Tyrol pergunta se Adama está insano, Adama como sempre responde com um discurso maravilhoso, Edward J. Olmos da um show como sempre, ele levanta as questões de que as ordens devem ser executadas sem hesitação ou:
“Se houver hesitação, e que a obediência seja opcional às vezes, então essa frota irá morrer”.
Assim Galen resolve terminar a greve, às vezes achamos que só nessas situações radicais que conseguiremos ser ouvidos, mas Adama da uma lição em Tyrol, ele diz:
“Pensei ter entendido que tinha algo para discutir com a presidente”.
Assim Tyrol se reúne pela última vez com Roslin para resolver os problemas trabalhistas, Chief aponta que o sorteio de Roslin não funcionou, pois selecionar as pessoas pelo seu local de origem e habilidades não resolve nada, dado que as pessoas têm suas habilidades de acordo com o local de origem, exemplo os das colônias pobres são fazendeiros e continuaram trabalhando com tal, continuando a hierarquia.
Então Tyrol propõem que alguns trabalhos ‘sujos’ que não exigem muito conhecimento possam ser feitos por qualquer pessoa, como os da Colonial One, a nave presidencial, Roslin aceita. Tyrol pede também que as pessoas com trabalho pesado tenham mais tempo de recreação e descanso, fazendo rodízio entre os trabalhadores e com um programa de treinamento, Roslin diz que o programa de treinamento terá que ficar para o futuro próximo, pois a frota precisa destes trabalhadores de agora para seguir adiante, mas Roslin destaca a necessidade de um sindicato para defender o direito dos trabalhadores, Tyrol diz que esse sindicato morreu em Nova Caprica, mas Roslin demonstra a necessidade dele existir ou a sociedade se tornará mais polarizada e:
“Não precisaremos dos cylons, nós mesmos iremos nos destruir”.
Em suma será que vale a pena preservar a frota, sendo que não vale a pena viver nela?
E o episódio encerra com Seelix que havia dito seu pedido para se tornar piloto rejeitado, diante da necessidade de mecânicos, indo para o treinamento de vipers para se tornar piloto, mostrando que as coisas podem mudar mesmo nos confins do universo.

Curiosidades do Episódio

_ Cena extra: Tyrol organiza a lista de sorteio, puxa o nome das crianças atribuídas à nave de refino esperando que elas tenham uma vida melhor, Cally destaca que não existe ninguém da Colonial One na lista e recita trechos do livro de Baltar, Tyrol chega à conclusão de que alguém mais ‘firme’ como Tigh podia dirigir a refinaria que teria mais resultados, Cally segue encorajando o marido a lutar pelos trabalhadores.
_ O sotaque de Aerelon se aproxima do sotaque de Yorkshire (norte da Inglaterra) se assemelhando também com o sotaque da classe trabalhadora inglesa.
_ 41,400 sobreviventes, dois a mais que no ultimo episódio.


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A Day In The Life

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:42 (A review of Battlestar Galactica)

A Day In The Life
Graças aos Deuses mais um sábado e mais um episódio, agora muito próximos do final da temporada, faltando apenas 5 episódios. Então vamos ao review, um episódio que eu particularmente não gosto muito, junto com Hero, os mais fracos desta temporada. Mas tivemos boas cenas de ação com Cally e Tyrol, e ficamos sabendo um pouco mais do passado do Almirante Adama (tal qual em Hero).

Cally e Tyrol

O episódio é evidentemente focado na ‘quase morte’ dos dois e na paternidade. Achei de fato durante o episódio que eles podiam morrer, afinal em Battlestar Galactica não existe muita frescura em matar os seus personagens, mas se formos ver bem nenhum dos principais morreu até agora, mas como Tyrol e Cally são coadjuvantes a possibilidade foi real. Porém revendo o episódio não senti essa ameaça, talvez por saber dos acontecimentos futuros dentro da série, mas achei que não foi convincente.
Adama ordena que verifiquem uma doca que estava fechada desde o ataque dos cylons a Galactica, devido a Perry ter ficado doente Tyrol e Cally vão ao trabalho no dia de sua folga. Os dois continuam brigados, óbvio nem nos confins do universo homem e mulheres param de brigar por conta de filho, ainda mais trabalhando juntos, então durante o trabalho os atritos ficam evidentes, Cally fala para Tyrol:
“Você quer fazer de conta que nada mudou que nossas vidas permanecem as mesmas (...), porém as coisas mudaram, estamos casados, temos um filho”.
Tyrol me faz rir da forma com que rebate:
“Sim, é apenas um pequeno contratempo”.
Obviamente falando do trabalho, mas ficou meio ambíguo.
Começam os problemas, a doca estava com buracos desde o ataque dos cylons dentro da Galactica, mas os buracos haviam sido remendados para serem consertados no futuro, o problema é que assim que eles entraram um dos remendos estourou, fazendo escapar ar, o sistema de segurança fecha a comporta automaticamente tornando impossível abertura manual devido aos danos, fazendo com que eles fiquem presos ali dentro, bastava achar o vazamento de ar e arrumá-lo, porém as coisas dão errado.
Tyrol acha o vazamento, arruma o buraco, porém não consegue equalizar a pressão, e a porta acaba por não abrir, mas como se não bastasse isso o ar começa a escapar mais rápido. Adama é chamado e a nave se mobiliza para tirar os dois dali.
O comando se reúne no CIC para discutir alternativas, explodir a porta parece o mais óbvio, porém como a porta é reforçada o tempo que demoraria para explodi-la os dois já estariam sem ar. Tigh pensa em explodir os vidros, mas eles são projetados para resistir a uma explosão de combustível, qualquer coisa que exploda o vidro mata Cally e Tyrol, as alternativas parecem acabar e eles vão ficando sem saída.
Adama traça um plano louco, explodir a porta de entrada de naves, e fazer com que os dois saltem pra dentro de um raptor, porém o período sem ar e a pressão do espaço pode matá-los. Na única cena que me emocional ao rever o episódio, Cally debate sobre o que deve ser feito com o seu filho Nicky, ela pede que ele fique com uma família de civis. Tyrol se abraça com Cally e pede desculpas por não ter pensado em Nicky, diz ter sido egoísta e que ele só a queria perto dele como antes.
Plano traçado começa a execução, alguém mais ficou satisfeito em ver a Athena salvando a vida da Cally? Tudo transcorre bem, os dois vagam no espaço até a porta do Raptor que se fecha, porém eles ficam em péssimo estado, aos cuidados do Dr. Cottle.
Na enfermaria eles discutem sobre a criação do filho, que é preciso achar um equilibro, realmente pais que trabalham demais, por opção, tendem a tornar-se ausentes e não conseguem educar o filho apropriadamente, como foi o caso de Adama, e como ia ser o caso de Tyrol. Ainda bem que Cally e esse acidente abriram o olho dele.

Julgamento de Gaius Baltar

Roslin se reúne com Adama para falar do julgamento, as questões legais começam a ser debatidas, afinal baseado em qual lei das 12 colônias Baltar vai ser julgado? Será tribunal de júri ou por um juiz togado? Fora que como bem apontou Roslin não existe uma biblioteca jurídica vasta na frota, e pior, nem mesmo um grande talento jurídico, como eu disse quero ver quem vai ser o advogado de defesa do Baltar, se é que ele vai arrumar alguém para defendê-lo.
Eles resolvem criar uma comissão para organização do julgamento, e resolve colocar Lee Adama para presidir essa comissão, até porque o pai de William Adama, avô de Lee era advogado, e como disse a Roslin:
“Tal avô, tal neto”.
Adama fala que seu filho nunca se interessou por leis, mas Roslin rebate:
“Precisamos de pessoas que saibam de fato a diferença entre certo e errado”.
Portanto Adama vai questionar seu filho se ele aceita o cargo, Lee primeiro toma um choque, depois comenta que por ‘5 minutos’ até pensou em ser advogado, mas acaba por não aceitar devido as suas tarefas de CAG.
Porém Adama assiste a Galen tendo atitudes de pai na enfermaria junto com Cally, provavelmente bateu um arrependimento de todos os anos que ele foi um pai ausente, e resolve enviar para Apollo os livros de direito do seu Joseph Adama, o avô de Lee, para que Lee presida a comissão, afinal se William Adama foi um mau pai por falta de tempo ele não quer que o filho deixe de fazer as coisas pelo mesmo motivo.
Assim Lee acaba sendo nomeado para essa função, obviamente o filho de Baltar ia ser envolvido nesse arco do julgamento de Baltar, e me pergunto se essa nomeação da Roslin não fere a imparcialidade, afinal Lee além de filho do Adama é extremamente próximo da presidente, ele presidir uma comissão de julgamento me parece que o ele mesmo que inconscientemente será tendencioso e acabará por prejudicar Baltar, pra isso que não julgasse Gaius, se for para julgar que lhe dêem um julgamento justo.

Aniversário de Casamento de Adama

Adama é ‘assombrado’ por visões de sua ex-esposa na data do aniversário de casamento dos dois, o Almirante fica tão perturbado que pela primeira vez chega a esquecer o nome de um dos tripulantes!
Por falar nisso em um dos flashbacks da vida de casado de Adama o tema foi exatamente esse, a cena mostra como Adama decora o nome dos tripulantes, falando constantemente o nome e o serviço deles, achei demais a dedicação da parte dele. Além de ter sido engraçada a cena, na hora que ele menciona o Jaffe, que lhe trás o café, que foi exatamente quem ele esqueceu o nome no inicio do episódio.
Em outra visão Adama debate com sua mulher sobre Lee, realmente a relação de Adama com seu filho é esquisita, não agem como pai e filho, imagino como era antes deles trabalharem juntos.
Adama se sente para conversar com Lee, ele não havia se lembrado do aniversário de casamento dos seus pais, Adama então resolve desabafar e conversar de temas que pareciam ser tabus entre os dois, como o divórcio e a morte da mãe de Lee.
Adama apesar do desfecho apreciou que Lee e seu irmão tenham sido criados pela sua mãe, ela lhes deu um lar, estabilidade, mas ai que Adama se engana, Lee revela coisas que Adama sequer fazia idéia, que sua mãe se tornou uma alcoólatra, e suas mudanças de humor repentinas ela acabou por criar muito mal os seus filhos.
Esse é um grande problema atual, pais que se separam e acham que o filho ficando com a mãe tudo está bem, e se eximem de responsabilidades. O fato é que o pai é tão culpado quanto à mãe, ou mais, já que se omitiu. Na visão de Adama ele discute com a sua falecida ex-esposa exatamente isso.
O episódio encerra com Adama confirmando o que suas visões diziam, ele tem medo de se aproximar de Roslin, mas ele até tentou, ele comenta sobre Nova Caprica, deixando claro que deve ter rolado algo entre eles. Mas depois acaba por dar um passo atrás e falando que eles têm responsabilidades, agora tudo bem que ela é presidente e ele chefe dos militares, mas usar disso como pretexto pra não ficar juntos é triste.
E por fim Adama se despede da sua mulher em uma das suas visões, ele bebe, diz que seria mais fácil odiá-la, mas que isso seria uma mentira, eles se beijam, reafirmam seu amor, e Adama volta pro presente olha para foto e diz:
“Eu te vejo ano que vem”.

Curiosidades do episódio:
_ 41.398 sobreviventes, 3 a menos que no episódio anterior, com a morte de 5 personagens no anterior isso sugere 2 nascimentos na frota.
_ Cena extra: Gaeta e Dee comentam sobre uma possível aproximação intima de Roslin e Adama, que tem se encontrado muito, Dee comenta que os dois juntos não é uma cena que ela gostaria de imaginar, eles começam a dar risadas, Tigh aparece e repreende os dois, eles voltam ao CIC, e Tigh segue pra entregar as ordens do dia para Adama, cena que se conecta com a do inicio do episódio quando Tigh deu parabéns a Adama.
_ Mais referência aos Beatles, o nome do episódio é o nome de uma música deles.
_ Os nomes que Adama decora “Neeson” e “Kinsey” são uma clara referência ao biólogo Alfred Kinsey, que escreveu livros sobre o comportamento sexual humano, que no filme “Kinsey” de 2004 foi interpretado por Liam Neeson.


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Battlestar Galactica review

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:41 (A review of Battlestar Galactica)

The Woman King
Graças aos Deuses chegamos ao décimo quarto episódio da terceira temporada, mas antes de iniciar o review eu queria abordar uma noticia se circulou esta semana, a quarta temporada, já confirmada, será a última de Battlestar Galactica, tal qual o Olmos havia dito, apesar de desmentido pelos produtores na época, agora estes confirmaram. Eu gostei da notícia, acho que a série pode terminar com uma qualidade estupenda, e vocês o que acharam da noticia?
Vamos ao episódio, está semana mais uma vez volta um tema recorrente na série, o genocídio, mas dessa vez ficou mais evidenciado outro tema, o racismo, a questão ciência versus religião, e mais uma vez o Helo esteve no centro da polêmica, como ele mesmo diz durante o episódio:
“Não sei o que dizer, eu sempre acabo do lado errado de tudo.”
Será que ele estava do lado errado? Eu acho é que está é sempre do lado certo.

Senhora King: religião versus ciência

Ela que da nome ao episódio perde o filho logo de cara, numa espécie de campo de refugiados para exames no hangar da Galactica, os Sagittarons começam a apresentar sintomas de uma doença, e seu filho vem a falecer, porém a questão ética se levanta aqui, eles se recusam por conta da sua religião a serem tratados pelos médicos.
Tigh da uma definição do que ele pensa dos Sagittarons recusando os remédios:
“Por que eles são um bando de chupadores de raízes, cabeças duras, mantendo tradições de milhares da anos atrás.”
Depois comenta o que ele pensa deles estarem infectados:
“Isso é bom, eles merecem.”
Até que pondo as crenças religiosas devem prevalecer sobre os fatos? Era fato de que eles morreriam sem o tratamento, mesmo assim eles se negavam a serem tratados, o nosso sistema legal se posiciona nessa situação pela vida da pessoa, obrigando ela ao tratamento desde que ela esteja dentro de um hospital, porém se a pessoa ficar doente em casa e recusar tratamento nada pode ser feito, eu pessoalmente me inclino para essa solução que nossa lei adotou.
Outro fato relevante no episódio, como a doença matando apenas os Sagittarons, os outros refugiados pediram para que eles fossem expulsos, acredito eu que não somente pelo medo da doença, dado que ela não matou ninguém de nenhuma outra etnia, mas também por um preconceito contra eles.
A Sra. King, não aceitou bem a morte do seu filho, ela diz que ele não morreu pela doença e sim que ele foi assassinado, ela diz ter confiado no Doutor Robert, e que ele ao invés de tratar o filho dela, o matou.
Percebemos assim que o episódio foi além, não só indo contra a religião o que é meio clichê nesses casos, mas mostrando que às vezes a medicina não só não resolve como ainda trás arrependimentos, seja a perda da confiança na medicina, seja o sentimento de culpa de ter traído as tradições da sua religião.
O mistério tem solução quando Dee, em um papo descontraído no “Joe´s Bar” resolve desabafar o que pensa dos Sagittarons, ninguém melhor que ela sendo uma Sagittarons para analisá-los, ela acaba assim resolvendo quebrar o preconceito de sua etnia e ir ver o Doutor Robert.
Diante de mais uma acusação de morte, e de uma confusão generalizada no campo de refugiados, com direito ao Dr. Robert ofendendo os Sagittarons de ignorantes, e esses por sua vez tentando agredir o médico, Helo começa a desconfiar que a história da Sra. King possa ser verdadeira, ele resolve relatar tudo para Adama, Cottle e Tigh.
Porém ninguém botou muita fé na história, destaque para discussão, mais uma vez, entre Tigh e Helo, dessa vez terminando com um belo soco na cara do Coronel Tigh, mas falando a verdade eu confesso que também não acreditaria na história da Sra. King, mas Helo acreditou e tem sua prova, primeiro quando ele acha os prontuários de atendimento do Dr. Robert, descobrindo que ele já tinha baixas, de casos simples que terminavam em morte, todas de Sagittarons, 90% dos Sagittarons que ele atende morrem e isso ocorria desde Nova Caprica.
Helo tenta convencer Dr. Cottle de fazer uma autópsia no filho da Sra. King, e Cottle responde que já fez, e que ele tinha a doença de Mellorak e tinha o remédio no seu sistema, Helo parece desistir de suas idéias paranóicas. Mas depois tem sua segunda prova quando a Sra. King consegue escapar do campo de refugiados e bater a sua porta lhe avisando que após a visita ao Dr. Robert, Dee acabou contraindo a doença.
Mas a Sra. King tinha razão, numa reviravolta o médico revelou-se ser o motivo das mortes e não a doença dos Sagittarons, Cottle havia mentido para Helo, ele não tinha feito a autópsia, mas após a discussão com o rapaz ele resolveu dar ouvido as provas e tirar a duvida, e descobriu que como uma espécie de extermínio étnico, Robert se aproveitou da doença “Mellorak”, doença essa ficcional, que matava rapidamente, deixando as pessoas desesperadas e estas cediam e aceitavam o remédio, e ele usava ao invés do remédio uma toxina para matá-los. Mas ele matava apenas aos Sagittarons.
O Dr. Robert defende seus atos, dizendo que como os Sagittarons não querem os remédios e eles estão em falta, eles não merecem o medicamento, que ele tem que privilegiar os que querem, os que fazem diferença, deixando evidente o seu racismo. E obviamente ele termina preso, em uma ótima seqüência de Helo o escoltando e da Sra. King observando a tudo.
Achei esse episódio fantástico, eu pessoalmente admiro essa abordagem de temas relevantes, quem já viu filmes como “Jardineiro Fiel” sabe o quanto essa questão dos medicamentos e desses problemas da medicina precisam ser evidenciados, por falar nisso o próximo filme do Michael More, “Sicko”, tem como tema central os problemas médicos. Gostei também por ser focado no Helo, um dos personagens mais éticos, a meu ver, dentro da série. Adorei o episódio também por não ter sido alegórico, mostrando os prós e os contras da questão e não se posicionando, deixando assim o episódio aberto para nos posicionarmos pela medicina ou pela religião.

Julgamento de Gaius Baltar

Roslin avança com a idéia do julgamento, ela conversou com o vice-presidente Tom Zarek sobre a idéia, estava sentindo falta do Zarek um dos meus personagens prediletos. Zarek não pareceu muito contente, ele fala para Roslin:
“Baltar irá ganhar o seu julgamento, e você ganhara isso: um furacão (...) Um Furacão, Laura”.
Ele fez uma previsão macabra do que pode ocorrer se Baltar for inocentado, mas vamos falar a verdade à chance dele ser inocentado é remota, a não ser que ele consiga um advogado muito bom, o que deve ser difícil dado as 41.400 pessoas que ele pode contar para tal. E é fato também que Zarek sabe muito bem desses atos de revolta que a população pode fazer, pois ele era um terrorista. Detalhe: como bem disse a Roslin nunca vi o Zarek tão nervoso ou assustado, ele realmente estava falando sério.
Eu não ia falar do Baltar na mente da Seis, mas vou ter que citar ao menos a frase que ele fala quando diz para cylon que ela quer ser humana:
“Há um truque para ser humana. Você tem que pensar apenas em você mesma.”

Curiosidades do episódio
_41.401 sobreviventes, dois a menos que no último episódio. E pode subtrair as cinco mortes desse episódios, todas dos Sagittarons mortos por Robert, chegando a 41.936.
_Na cena extra, vimos Helo confessando para Adama que foi ele quem matou os cylons infectados, Adama pergunta se ele tem certeza que quer ter essa conversa, Helo diz não e Adama o libera para ir.
_O nome do personagem “Dr. Robert” pode ser uma referência a música do Beatles, de mesmo nome, em que um médico receita drogas ilícitas.
_Em uma cena vemos a Racetrack falando dos ‘nugget’ (pilotos novatos), evidenciando que está sendo recrutado e treinando novos pilotos.
_ O Dr. Cottle pergunta para o Dr. Robert sobre o que aconteceu com “não causar dano ao paciente”, uma referencia ao Primum non nocere, pedaço do Juramento de Hipócrates, feito pelos médicos. Quem quiser saber mais achei um artigo interessante do Dr. Dráuzio Varella [Link removed - login to see] e o juramento na integra [Link removed - login to see] .
_Na realidade, os venenos de Robert, sabidos como bifosfatos, drogas usadas para tratar determinados cânceres nos ossos e osteoporose em algumas mulheres. O uso da droga pela definição real correlaciona com a notação de Cottle do rompimento celular agudo, que poderia acontecer com tais drogas.
_ Tahmoh Penikett, o Helo, é quem lê nesse episódio o “Anteriormente em Battlestar Galactica”.


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Taking a Break From All Your Worries

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:40 (A review of Battlestar Galactica)

Taking a Break From All Your Worries
Graças aos Deuses, sábado, Battlestar Galactica, décimo terceiro episódio da segunda temporada, faltando apenas 7 episódios para o final, damos uma parada (novamente) na trama envolvendo a Terra e vamos resolver as questões entre Lee, Dualla, Kara e Anders. Sendo assim sem perder mais tempo vamos ao review.

Gaius Baltar

Logo de cara vemos o que acontece com o ex-presidente após a sua prisão, alucinado pelas visões da Seis, ele resolve cometer suicídio, em uma seqüência que chegou a me convencer de que ele era um cylon o vemos no recipiente de download dos cylons, naquela gosma nojenta, rodeado por três modelos Seis, ele comemora:
“Então ninguém foi traído, eu nunca fui um deles”.
Mas pobre Gaius tudo não passava de uma alucinação, as cylons começam a afogá-lo, ele está se enforcando a sensação deve ser parecida, fiquei com pena, tudo que ele queria era não ser um traidor, era aceitação da sua raça (seja ela qual for), o que ele mais teme é a rejeição e o desprezo, e é isso que ele ganhará dos humanos na Battlestar, logo na mente dele é preferível à morte ao desprezo, ou mesmo ser um cylon. E claro que ele acaba não morrendo.
Descobrimos durante uma reunião que Baltar está se negando a comer e ele não quer revelar os fatos de conhecimento dos cylons, como fazer pro ex-presidente cooperar?
Soluções simples, primeiro vigiar, através de câmeras, o doutor pra que ele não tente se matar novamente, segundo tentar dialogar, Roslin tentou, mas o que aconteceu foi uma áspera discussão entre os dois, com muitas acusações por parte da presidente, mas Gaius respondeu negativamente a todas, após se irritar Roslin ordena que atirem Gaius pra fora da nave, ele clama por um julgamento justo, porém mais uma vez Gaius se salva, a presidente estava blefando pra ver se Baltar revelava algo e ele não cedeu.
A terceira hipótese foi dar uma de Jack Bauer e mandar ver na tortura psicológica com uma espécie de alucinógeno, essa solução não me agradou muito, pois botava em risco a vida de Baltar, mas pensando melhor eles tinham que arriscar a vida do doutor já que ele não queria contribuir para informar as descobertas dos cylons.
Baltar é torturado, e começa a enfrentar os seus próprios demônios, o Doutor se vê imerso em água, e questionado por Adama e Roslin ele tenta convencê-los e convencer a si mesmo que não fez parte dos ataques as Colônias:
“Eu não sou responsável!”.
Será que não Gaius? Eu pessoalmente acho que Gaius foi realmente enganado, mas ele foi muito negligente ao dar os códigos a Seis. Mas o fato é que Baltar agüenta a tortura de uma forma impressionante e nada revela sobre os planos dos cylons. Revela somente que procurava pelos cinco finais, que ele queria ser um dos cinco, comovida a presidente não entende, mas Baltar explica que sendo um cylon todos seus pecados seriam perdoados, comprovando que ele só quer ser aceito.
Depois é a vez de Gaeta tentar arrancar o que Baltar sabe sobre os planos dos cylons, já que ele era muito próximo dele, Adama tenta usá-lo pra convencer Baltar a falar alguma coisa, Baltar desabafa:
“Eu sei que sempre fiz o que devia ser feito”.
Baltar descobre a jogada de Adama ao enviar Gaeta, ele insulta o rapaz, diz que ele sabia que Gaeta ajudava a Resistência em Nova Caprica e permitiu, mas que Gaeta sim escolheu jogar dos dois lados, já que ele, Baltar, foi obrigado, pois teve uma arma apontada para sua cabeça, então Baltar pergunta para Felix Gaeta:
“Então quem é o verdadeiro traidor nesse lugar?”.
Assim o que Gaeta fez foi tentar matar Baltar, dado os acontecimentos em Nova Caprica e as provocações de Gaius, Gaeta tentou se vingar, mas (in)felizmente não conseguiu. As câmeras filmaram Gaeta, e os soldados conseguiram chegar primeiro e evitar a morte de Baltar, mas ver o pescoço de Gaius sendo furado foi realmente emocionante. Por fim Roslin acaba por aceitar e concede um julgamento a Baltar.

Kara e Anders; Lee e Dualla

Finalmente chegamos ao fim, ou pelo menos resolvemos por ora o chove não molha de Lee e Kara, o rapaz da um basta na loira e prefere ficar com a sua mulher, como isso aconteceu? Vamos ver.
Após brigar com suas mulheres Lee e Tyrol vão pro bar, devem ter aprendido com o Tigh, Tyrol comenta:
“Ao casamento. O motivo de termos bares!”.
Lee chega completamente bêbado no seu quarto, Dee esperava acordada. Após pequenas farpas o rapaz deita pra dormir, enquanto Dee conversa e acerta detalhes de um jantar no dia seguinte Apollo a ignora e cai no sono, realmente desprezível a atitude do filho de Adama, mas Dee também querendo conversar com bêbado pediu por isso.
Vemos Kara e Anders, ele indaga sobre o destino especial dela, a loira brinca:
“Kara Thrace e seu destino especial. Isso soa como nome de uma banda ruim”.
Anders segue falando, e finalmente pressiona Kara perguntando:
“Você o ama?”.
A moça incrédula parece não acreditar, Sam confirma que ele está falando dela com Lee, os olhos de Kara se enchem de lágrima sua voz fica embargada, e ela responde apenas talvez, mas é o suficiente pra Sam incentivar Kara a seguir seu coração e lutar pelo amor de Lee. Surpreendente a decisão de Sam, mas é louvável, de fato se você ama a uma pessoa você acaba por colocar a felicidade dela na frente da sua, e foi o que aconteceu entre os dois, e também porque Sam deve estar cansado de ser corno.
Depois é a vez de Dualla pressionar Lee, ao que parece o rapaz não vai ao jantar, mas ela questiona se ele não vai se encontrar com Kara, Lee joga a culpa em Dee, diz que o único problema é que ela não confia nele. Muita cara de pau (ou seria Kara de pau?), mas Dee não foi à mulher submissa que todos estão acostumados a ver, ela desabafa pega suas coisas e resolve ir embora.
“Isso não é um casamento, Lee. Isso é uma mentira”.
O desabafo dela foi lindo, primeiro porque mostrou o quanto ela ama Lee, afinal ficar com uma pessoa mesmo sabendo que ela ama outro e sabendo que um dia aquilo vai ter um fim é tarefa das mais ingratas, mas como disse Dee ela amava tanto Lee que se achava sortuda só por ter ele por aquele breve período de tempo. Ela acaba por liberar Lee pra ir atrás de Kara, Dee termina tudo e ainda sai por cima.
Então quando tudo se desenhava para o casal Lee e Kara finalmente vingar, as coisas começam a dar errado, Kara vai perguntar se ela abandonar Sam, Lee abandona Kara, mas Lee sabe que Kara muda de opinião rapidamente e não se rende.
Então finalmente o filho de Adama percebe ao conversar com Tyrol, questionando se ele sente falta de Boomer, que nem sempre quem mais nós amamos é a pessoa certa. Tyrol diz não se perguntar “e se” ele estivesse com Boomer, e diz não lembrar da cylon, de fato ele está muito feliz com seu filho e com sua esposa.
Assim Lee entende que por mais que Kara o ame, somente amor não faz um relacionamento, e Kara é instável, não é uma pessoa 100% confiável para se entregar o coração, é impossível criar uma vida do lado de uma pessoa assim, Anders passou por isso, e Apollo percebendo isso vê que por mais que Kara seja seu amor, ele terá uma vida muito mais feliz ao lado de Dee.
E em uma virada nada habitual nos “happy endings”, o mocinho não fica com a mocinha, e fica do lado da mulher com quem ele realmente pode ter uma vida, e uma coisa pra mim é clara Dualla ama Lee muito mais do que Kara, e Lee por mais que ame mais Kara que Dee, também ama Dee, logo tem tudo para passar a vida feliz com dela.
Mas tenho que fazer uma ressalva, se Kara é inconstante, Lee também não ficou atrás, ele pareceu uma criança mimada, brigou tanto por Kara que quando conseguiu não quis mais, e fez o contrário com Dualla, teve sempre a moça do seu lado, e precisou perdê-la pra ver o quando ela lhe faz falta e o quanto ele a ama.
Mas como diz o ditado “antes um passarinho na mão do que dois voando”. E Lee ao tentar ficar com Kara e Dualla e não se decidindo entre as duas quase que acabou perdendo a pessoa com quem ele queria ficar, e muitos perdem a mulher que amam assim. Lee então vai e se declara para Dualla:
“Você é boa para mim. Eu preciso de você (...) Por favor, me dê outra chance”.
E para sorte de Lee, Dualla o aceita de volta. E Dualla que se julgava sortuda, no fim nós percebemos que o sortudo na verdade é Apollo.
E Kara, bem ou mal a moça fica sentida por Lee ficar com Dualla, mas acho que ela é mais feliz ao lado de Anders, que a aceita do jeito que é.
E assim acaba o episódio e eu acabo o meu review, nos próximos episódios veremos então o julgamento de Baltar, e saberemos mais sobre o passado de alguns dos personagens principais, além de um dos meus episódios favoritos centrado no Chief.

Curiosidades do episódio:

_ Esse é o segundo episódio dirigido pelo Olmos (William Adama), o primeiro foi “Tigh me up, Tigh me down”.
_ O título do episódio é um quote parcial da música tema de Cheers, de nome "Where Everybody Knows Your Name". O quote é "Making your way in the world today takes everything you've got./Taking a break from all your worries, sure would help a lot."
_41,403 sobreviventes, dois a mais que no último episódio.
_ Um período de tempo razoável parece ter passado, uma vez que a mão de Kara parece curada e a barba de Baltar está bem maior do que quando ele foi capturado.
_ O episódio foi originalmente planejado pra se focar no “Joe’s Bar” por isso o nome do episódio.


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Rapture

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:40 (A review of Battlestar Galactica)

Rapture
Graças aos deuses, chegou e passou mais um final de semana, e junto com ele o décimo segundo episódio, agora faltam 8 episódios, 2 meses, para o final da terceira temporada, e nesse episódio finalmente soubemos o que aconteceu após a loucura de D’Anna de descer ao Planeta Alga, e de Adama apontando as ogivas para o planeta..
Então sei mais delongas vamos ao review de hoje, vou tentar ser mais objetivo novamente, afinal o episódio teve muitas cenas de ação, é mais ou menos como o Exodus 2, quem viu se deliciou com as cenas de ação, quem não viu não vai aproveitar em nada o review com as descrições delas, portanto tentarei ser menos descritivo mais uma vez. Só um comentário à série chega à marca histórica de 50 episódios.

Galactica

Adama estava realmente blefando, ele não vai adiante com os planos de explodir o planeta, assim essa missão fica a quem está nele, detonando as bombas ao redor do Templo. Ficou meio claro que Adama não ia explodir o próprio filho, ainda mais tendo um plano B no Planeta, e também porque tinham outras pessoas importantes pra Adama no solo. Mas claro que também pesou e muito o fato dos Raiders terem sido mandados de volta. Mas acho que mesmo assim Adama ia acabar não explodindo o Planeta.
Helo e Athena resolvem salvar sua filha na Basestar, o plano é obvio, Athena morre, faz o download, pega sua filha e volta para a Galactica, à forma que isso transcorreu que foi demais.
Ela pede pra Helo atirar nela, ao invés dela atirar nela mesma:
“Eu imploro pra você fazer isso, encontre a coragem para fazer isso por nós dois”.
Comovente a cylon sofrendo o tiro na barriga e caindo nos braços de Helo.
Adama ficou ressabiado com o plano de salvar Hera, pois Athena ao fazer o download poderia ser torturada pra passar informações da frota, Roslin resolve dar bronca em Helo também, obvio que Helo se descontrola e fala umas verdades para presidente, a cena é tensa, e o sangue de Athena estampado nas paredes da o tom.
Roslin pelo menos assume seu erro, e a vida de todos ficou mais uma vez na mão da Athena, mas como ela já salvou a Galactica tantas vezes quanto o Jack Bauer salvou os Estados Unidos nada aconteceu com a frota.
Athena faz o download e com a ajuda de Caprica mata Boomer e consegue voltar com Hera a Galactica, eu jamais esperaria a Caprica ajudando a Athena, por mais que ela seja uma das mais humanas na Basestar, ela estaria se prejudicando muito como vimos no final do episódio ela sobre a mira de armas ao chegar à Galactica sendo levada presa, nessa hora ela tem que agradecer por não ter mais a Almirante Cain.
Mesmo sabendo que seria presa pela frota, Caprica ficou do lado de Athena, ou seria melhor dizer do lado de Hera?
O sol começa a se tornar uma supernova, a Galactica prepara uma missão de resgate para os que estão em solo e salta para longe do sistema solar antes da explosão.
Tyrol, Adama, Roslin, Gaeta e Helo se reúnem e descobrem que o desenho nas paredes e no chão do Templo era uma representação da supernova, e descobrem que a décima terceira viu uma supernova na época da construção do Templo, sendo assim a localização da supernova da época do êxodo da décima terceira tribo, o próximo indicativo para busca da Terra.
Bizarro Kara ter desenhado na parede de seu apartamento o mesmo desenho, que representava a supernova, das paredes do Templo, a loira se lembra da ‘profecia’ proferida por Leoben, de que ela tinha um destino, e que ele já está definido.

Basestar

Adama ameaça explodir o Planeta, vemos uma votação pedindo o retorno de D’Anna, até o Cavil votou pela volta, porém a número Três segue adiante com o plano, desrespeitando a estrutura horizontalizada de decisões dos cylons, pela primeira vez.
Alguém mais achou absurdo o que a D’Anna fez? Afinal foi totalmente antidemocrática, contrariando os preceitos da sua raça. Todos os outros modelos cylons pareciam visivelmente irritados com a decisão de D’Anna, e não importava mais se Adama ia ou não atirar, o fato dela ter decidido sozinha foi cabal para ela ser encaixotada. Ninguém gosta de um(a) déspota.
A cena de Cavil contando do encaixotamento para D'Anna é demais, ela falando que faria tudo de novo, enquanto ele questiona essa crença dela de que estar em uma jornada messiânica para iluminar os cylons, razão versos religião.
É pra quem não viu é isso mesmo, D’Anna foi encaixotada ao final do episódio, mas não somente D’Anna, mas sim todas as modelos número Três, esse conceito de ‘encaixotada’ já tinha sido mostrado anteriormente no episódio Download. Com certeza a personagem e a atriz Lucy Lawless vão fazer falta. Mas por conta de esquisitices como ficar se matando para ver os cinco finais, passar por cima das decisões dos outros cylons, ficar extremamente amiga de Baltar, os cylons começaram a vê-la com outros olhos, e ela acabou sendo limada da sociedade cylon.
Athena acorda do download, e Caprica está a seu lado, a cylon pede pra ver sua filha, a menina está piorando da doença, Caprica pergunta e depois de ver a filha o que Athena vai fazer, e ela diz que os humanos a traíram, e que tanto Hera quanto ela estão mais seguras na Basestar, bom eu não sei se alguém durante o episódio realmente caiu nessa, mas eu tinha certeza que Shanon Agathon estava falando isso só pra conseguir ver a menina e mesmo com a traição de Roslin ela ia se manter firme a Adama, agora se Adama soubesse da farsa da morte não sei se Athena reagiria igual.
Lindo também foi ver que Hera reconheceu a mãe, mesmo ela sendo igual às outras cylons modelo número oito, Boomer se correu de inveja. E Boomer diz ter mudado após Nova Caprica, ela acha que humanos e cylons não devem permanecer juntos, e diz não se importar mais com Adama nem com Tyrol e nem mesmo com Hera, pelo menos foi bom ver que alguém tirou lições da situação em Nova Caprica. Nesse bate boca é o momento que Caprica decide ajudar Athena e vai contra Boomer.

Batalha do Planeta Alga

Maravilhosa a cena entre Apollo e Anders, em que Sam fala que se Kara morrer ele vai matar Apollo, Lee sem brincar responde:
“Se ela morrer, eu deixo”.
Então Lee resolve salvar Kara. E ele pede pra sua mulher fazer isso por ele. Alguém mais se comoveu com o Apollo pedindo pra Dee salvar a Starbuck? Nossa que situação inusitada, mas Dee realmente era a melhor opção de resgatar Kara, me pergunto se muitas mulheres na situação dela fariam à mesma coisa, vendo Veronica Mars, que faz a dobradinha com Battlestar Galactica aos sábados e mostra bastante o universo das ‘bitches’ sabemos que muitas não fariam nada mesmo.
Mas arriscar a vida da sua mulher pra salvar a vida da amante só o filho do Adama mesmo, queria ver se ele ainda tivesse gordo se a Dualla ia fazer isso, ou mesmo se a Kara ia querer ficar com ele. Mas Dualla executa a missão e obtêm sucesso, salvando a Starbuck. Por sinal a cena da Starbuck com as mãos queimadas e da Dee tendo que pilotar o Raptor por causa disso foi interessante.
O Dialogo entre Dee e Kara é demais, primeiro a loira pergunta:
"Lee te mandou?"
"Sim. Meu marido... ordenou-me arriscar a minha vida pela sua. É o que vou fazer. Vou trazer Starbuck de volta para Apollo".
Anders e Lee fazem os planos para deter os cylons em um declive entre as montanhas, e assim começa pra valer a batalha do Planeta alga, engraçado foi enquanto eles defendiam suas posições, militares de um lado do abismo e civis do outro lado, um desconfiando do outro, porém Lee confiando nos civis e Anders confiando nos militares, ou devo dizer Lee confiando em Anders e Anders confiando em Lee?
Os cylons aparecem, e caem no plano de Lee. O tiroteio e as explosões que se seguem são espetaculares, angustiantes, essas cenas de tiro entre cylon e humanos são sempre muito boas, afinal os humanos sempre levam desvantagem e nos ficamos torcendo por eles enquanto roemos as unhas. Morre um dos civis no tiroteio.
Tudo isso para dar tempo para Chief Tyrol descobrir o olho de Júpiter no Templo, porém como vimos no final do episódio o Olho de Júpiter era a Supernova. Então como Galen não descobre isso e os cylons avançam Lee manda Tyrol destruir o Templo. Nesse momento chega Baltar, Cavil e D’Anna. Eles descobrem a bomba e desarmam ela. Aqui o episódio chega ao ápice, a supernova começa a acontecer, o teto do Templo recebe luminosidade intensa, e um desenho da supernova no chão se ilumina, D’Anna entra nele, e finalmente vê o rosto dos cinco finais, agora quem são infelizmente não sabemos, pois a cylon tem um colapso antes de poder contar algo pra Baltar e pra gente também e morre e como já disse a cylon é encaixotada. Baltar é capturado e levado a Galactica. A frase de Tyrol ao prender Baltar é ótima:
“Bem vindo ao lar, senhor presidente”.
Agora para quem D’Anna falou a frase:
“Perdoe-me eu não fazia a menor idéia”.
Quem D’Anna fez mal até agora para pedir perdão? Eu desconfio de Kat, pois quando D’Anna estava na Galactica ela expôs o problema com estimulantes da piloto o que causou grandes problemas a mesma. E antes de morrer ela ainda diz para Baltar:
“Você estava certo.”
Certo sobre o que? Não sabemos. E assim encerra o episódio e eu encerro meu review. Até semana que vem se os Deuses quiserem.

Curiosidades do episódio

_ As armas utilizadas no episódio tinha uma espécie de esfera de areia, para simular o impacto de balas de verdade.
_ 41,401 sobreviventes, um a menos que no episódio anterior.
_ As cenas do Planeta Alga, em Kamloops, foram rodadas ali devido à peculiaridade geológica da região, além de ser próximo de Vancouver, aonde a série é rodada.
_ Este episódio marca o retorno da série após o hiato na véspera de Natal, agora imagina esperar mais de um mês pra ver o episódio depois do “continua” no episódio anterior?
_ De acordo com podcast de Ronald Moore, a imagem no apartamento de Kara foi um símbolo que a atriz resolveu pintar antes desse episódio.
_ A arte-final do olho de Júpiter e o desenho de Starbuck carregam algumas diferenças com a Nebulosa, a ordem das cores do centro à borda é diferente: azul, branco e vermelho para imagens verdadeiras da cor da nebulosa real; azul, vermelho e amarelo para o olho. A nebulosa real é também um bocado mais oval na aparência enquanto o olho é quase circular.
_ A conversação de Três com Cavil no fim do episódio revela que os cylons humanóides não sabem quem os programaram e nem mesmo o por que.


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O Olho de Júpiter (The Eye of Jupiter)

Posted : 16 years, 7 months ago on 7 September 2007 04:39 (A review of Battlestar Galactica)

Chegamos ao décimo primeiro episódio, graças aos Deuses, mais um final de semana, mais um episódio de Battlestar Galactica e a terceira temporada vai quase chegando à metade, fazendo uma avaliação mais crítica veremos que o começo foi maravilhoso com “Occupation”, depois tivemos o inexorável “Exodus” (1 e 2) e pra concluir os 6 primeiros com chave de ouro ainda tivemos “Collaborators”. Na segunda metade tivemos um maravilhoso que foi “A Measure of Salvation” e um muito bom “Unfinished Business” completados agora por “The Eye of Júpiter” e pelo próximo e bom episódio “Rapture”, porém nessa segunda metade tivemos os medianos “Hero” e “The Passage”, conclusão um ótimo começo e um meio apenas bom.
Quem viu esse episódio sabe que há muita coisa para ser comentada, a série resgata sua mitologia esquecida nessa temporada, mas infelizmente não vai dar pra comentar todas, então tentarei fazer um review mais objetivo, pra quem não viu o episódio será ruim, mas pra quem viu acho que será melhor, espero que gostem, e espero nos comentários acabemos falando de todas as principais cenas ajudando a quem não viu o episódio.

Planeta Alga

Parte da frota se encontra no planeta Alga há duas semanas pra extrair alimentos. Assim começa o episódio e vemos as conseqüências da luta de boxe entre Kara e Lee, Dualla visivelmente irritada com a visita de Kara ao planeta Alga, mas Lee tem que recepcioná-la como seu chefe, porém assim que ele chega já rola um beijo entre os dois.
Lee:
“Isso é loucura”.
Kara (não ela não gritou “This Is Sparta”):
“É assim que eu gosto”.
O que dizer do relacionamento mostrado ao longo do episódio? Starbuck é totalmente contraditória, percebemos isso quando ela diz que o casamento é sagrado, que não é um jogo, porém ela se casou com Anders pra fugir de Lee, não teve a menor seriedade ao fazer isso. Pior ela trai o marido, mas divorciar ela não pode afinal ela fez um juramento para os Deuses e ele não pode ser quebrado, então ela ouve de Lee:
“Você está quebrando toda vez que fazemos isso”
Kara:
“Mas isso é diferente, só entortamos as regras”.
Mais uma vez ela mostra que só quer “brincar” e não quer nada sério. Lee honesto não gosta da situação por ver que está machucando Dualla, e ela não merece, portanto melhor seria divorciar. Mas diante da não aceitação de Kara ele não se sente bem em continuar traindo, então eles ficam numa encruzilhada.
Durante a extração de alimentos Galen Tyrol ouve ruídos, parece uma música, e numa espécie de transe ele sobe uma colina e acaba por achar um Templo, por ser filho de padre e por seu pai estudar aquele templo, ele reconhece o local como o Templo dos Cinco, aonde segundo as profecias contém o Olho de Júpiter, que seria um marco da colônia que indica um caminho para Terra. Testes de carbono no local mostram que data de 4.000 anos atrás, o que bate com a época do êxodo da décima terceira tribo.
Depois da visita cylon a Galactica as coisas esquentam no solo, Adama ordena para eles cercarem o Templo com bombas pro caso dos cylons se aproximarem eles explodirem tudo, logo após os cylons interrompem as comunicações.
Lee traça o plano de defesa do Templo, tem uma fala muito engraçada nessa cena, após Lee dizer que vai usar os civis na defesa, Kara fala:
“Posso dar uma sugestão que você não vai gostar?”.
“Você já deu alguma de que eu gostasse?”.
E a moça sugere usar Anders, e diante da situação Lee obviamente aceita. Eles se reúnem e fica evidente a desarmonia entre eles, Anders não aceita começa um bate-boca entre ele e Lee, porém Starbuck interrompe dando a entender que não é o momento para aquilo. E Anders acaba aceitando o pedido de Apollo.
Surpreende foi ver Tyrol envolvido com essa parte mística, filho de um padre com uma oráculo, sempre ficou evidente o desprezo do Chief pelas tradições religiosas, ele inclusive comenta isso durante o episódio:
“Eu costumava entrar no santuário da minha mãe, dançava pelado sobre o altar”.
Bizarro também foi o papo entre Lee e Anders, o marido de Kara parece conhecer as famosas traições da mulher e parece não se importar, bom eu falo por mim, por mais que a Starbuck seja muito gata eu jamais aceitaria ser corno manso como Sam.
Vemos Dualla se estranhando com Kara, mas nem perto do que foi Anders e Lee. Traçado os planos cada uma vai para seu posto, e Kara é atingida pelos centuriões, mas antes de cair consegue passar a mensagem do ataque para Dee.
Devido à impossibilidade de organizar um resgate a Kara, devido ao pequeno número de homens para defender o Templo, Apollo decide abandonar Kara, Anders não se conforma e eles discutem asperamente, Sam abandona a missão e vai tentar resgatar Kara, mas Apollo não permite, da ordem para tropa não permitir a saída de Anders e a cena encerra com uma arma apontada para cara do marido de Kara Thrace.

Galactica

Enquanto Roslin e Adama falam com Galen Tyrol no planeta Alga, aparecem no dradis 4 Basestar cylons, Adama da à ordem e as naves civis saltam, mas a Galactica segura posição, por causa das pessoas no solo do planeta e pelo Olho de Júpiter.
Mas a Basestar não ataca, eis o primeiro contato cylon-humanos desde Nova Caprica, mas a voz não é cylon, é humana, e pertence à Gaius Baltar. Adama aceita a visita cylon na Galactica. A Comitiva é composta por Baltar, Boomer, Cavil e D’Anna. Eles são recepcionados por Shanon Agathon, a Athena, ela fala para Tigh que aquela número Oito é Boomer, a que atirou em Adama, e a cylon fica de fora da reunião.
Laura, Tigh, Adama e Gaeta vs Cavil, D’Anna e Gaius. Eles discutem pra tentar um acordo sobre o Olho de Júpiter. Roslin se enoja com Baltar e diz para Adama:
“Eu acho que você pode cuidar disso sozinho, se você tiver estômago”.
A proposta dos cylons é simples eles ficam com o Olho de Júpiter em troca os humanos saem do planeta em paz, e Cavil sarcástico ainda oferece Baltar:
“Vale a pena pensar nisso” (Tigh)
“Definitivamente vale a pena pensar nisso” (Adama).
Mas a contraproposta de Adama é ainda mais simples que a proposta dos cylons, ou os cylons os deixam em paz, ou caso eles tentem um ataque ou se aproximar do planeta ele usa seus mísseis nuclear e explode o continente destruindo junto o Templo.
Do lado de fora da reunião Boomer encara Athena, a número Oito revela para Athena que Hera está viva. Inconformada Shanon Agathon não acredita na sua ‘irmã’. Mas Boomer continua falando que Hera está doente e que os cylons não sabem o por que. Revela também que a criança foi encontrada em Nova Caprica, perto da escola de Roslin, deixando claro que foi ela quem encenou a morte da criança. E termina falando:
“Não se faz isso com uma pessoa, se faz isso com uma coisa”.
Athena ao ouvir isso vai pra longe de Boomer.
Gaeta descobre que o sol vai virar supernova a qualquer momento, logo a presença deles ali se torna um risco, principalmente para os que estão no planeta.
Adama vai questionar Roslin sobre o que Boomer disse para Athena, e Roslin confirma a criança estava viva, finalmente descobrimos que Adama não tinha conhecimento do plano de Laura, ele fica visivelmente irritado, agora será que Athena vai acreditar que Adama nada sabia.
Adama vai contar tudo pra Helo e Athena, os dois choram muito e não se conformam com tudo que passaram por causa de Roslin. Se Athena soubesse disso antes do episódio do Boxe, ela teria chamado a presidente para uma luta com certeza.

Basestar

Os cylons se reúnem para debater se Adama está ou não blefando e o que eles devem fazer. Cavil acha que eles devem destruir a Galactica e que eles destruam o Olho, pois os cylons são maquinas e vão sobreviver para arrumar um caminho para Terra. Mas D’Anna seguiu um plano sozinha, assim que eles saltaram, ela enviou um raider com centuriões para o planeta. Ela diz que após os centuriões conseguirem pegar o Olho eles podem destruir a Galactica.
Baltar e D’Anna vão visitar o Hibrido, e ele proclama:
“As cinco luzes serão relevadas no centro do templo...ao escolhido (...) Apenas ao escolhido (levanta e olha para Baltar). Escolhido. Escolhido. Escolhido (...)”.
Caprica chega e fica visivelmente irritada por ter sido excluída das descobertas de D’Anna e Baltar. D’Anna diz que o destino dela e de Baltar são separados do de Caprica e o triângulo amoroso parece desfeito. Então D’Anna resolve seguir as palavras do Hibrido e descer com Baltar até o planeta Alga, ela aposta que Adama nada fará.
Os outros cylons percebem o risco e pedem pelo retorno de D’Anna e de Baltar, porém outro modelo da número Três diz que eles não vão voltar e que o plano irá a adiante, Adama da à ordem de armarem as ogivas, e o episódio acaba com um enorme e tenso ‘continua’ deixando todos ansiosos pelo próximo episódio.
Adama vai ou não usar as ogivas? Athena agora que sabe do paradeiro de sua filha irá ser desleal com a frota? D’Anna conseguira chegar ao planeta Alga, e se sim conseguirá ela junto com Baltar ver o rosto dos ‘Final Five’? Starbuck sobreviverá? Tyrol desvendara os segredos do Templo?

Curiosidades do episódio

_ O episódio tinha como nome original “O Olho de Zeus”.
_ Grace Park (a Athena) narra o “Anteriormente em Battlestar Galactica” nesse episódio.
_ As seqüências ao ar livre no planeta Alga foram rodadas perto de Kamloops, British Columbia.
_ O número de sobreviventes decaiu em 18 pessoas, foram às mortes através do campo de radiação, na Adriadic, na Carina e a morte de Kat.


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